sábado, 19 de março de 2011

Snowshoeing


Em um dos nossos muitos passeios a Grouse Mountain decidimos fazer o tal snowshoeing. Basta alugar o snowshoe (que é um suporte com garras que vc ajusta ao seu calçado e com isso não afundamos na neve) e ter muita disposição.


Fomos a tarde, com a intenção de pegar o pôr do sol lá em cima, com isso não dava para enrolar muito na subida. E que subida!



Silêncio, os ursos estão dormindo

Chegou um momento que pensei que eu não fosse mais conseguir, eu sentia um calor lascado, já estava chupando gelo das árvores para ver se a temperatura do corpo baixava e as pernas diziam: “Isso sedentária, tá vendo o que dá fugir da academia?”



Quando eu já estava pronta para me jogar lá de cima e descer feito uma bola de neve, uma senhorinha que estava descendo perguntou se era a minha primeira vez. Respondi que sim, ela olhou no relógio e disse: “Levei 15 minutos para chegar lá em cima, vale a pena, siga as placas que vc vai ver do que estou falando.” Respirei fundo e lá fomos nós. Quando chegamos eu realmente entendi o que a senhorinha estava falando! A vista é inexplicável, é demais ver toda a cidade lá embaixo.



Na volta as descidas são perigosas e para cair é bem fácil. Então fiz algo que eu estava morrendo de vontade: sentei no chão, levantei os braços, escorreguei e gritei até onde dava. Foi muito, muito e muito divertido. Se eu soubesse que a descida seria tão gostosa eu jamais teria pensado em desistir.

Depois de brincar de escorregador, ainda arremessamos umas bolas gigantes de neve um contra o outro. Me senti nos desenhos do Chapolin e seus meteoritos, eram enormes e bastava encostar na cabeça que elas se desfaziam.

 
Na volta já estava escuro, cruzamos com um esquiador que passeia pela montanha de olho em algum perdido ou machucado. O cara é maluco, ele desce entre as árvores, ladeiras que eu não desceria nem brincando de escorregador. Engraçado que na subida vimos marcas na neve e o Valter perguntou se eu achava que eram marcas de esqui e eu, toda sabichona, disse: “É claro que não!” Pelo contrário, é claro que sim!

Depois deitamos no chão para descansar e ficamos olhando para Vancouver, lá embaixo, toda iluminada.

Esporte aprovado! Não há coxas que não ganhem músculos. A vista é um cartão postal! E a descida... ah, a descida...

Bjos e abraços
Rafa

3 comentários:

  1. O passeio é mesmo uma delicia!
    Agora haja pernas e coração!! É um exercício e tanto!
    Ainda não fiquei o suficiente para ver a vista de noite...quem sabe no próximo fds, afinal, a primavera chegou e daqui a pouco a neve acaba...
    Beijks e bom domingo,
    Carina.

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