terça-feira, 12 de abril de 2011

Dilema cultural

No final da semana passada, um colega de trabalho do Valter foi pai pela segunda vez. Ele e a esposa são chineses, mas moram e Vancouver há muitos anos, por isso posso dizer que ele é um chinês bem ocidentalizado. Este colega, além de ser o par do Valter, é um amigo. As duas famílias já saíram para jantar juntos e a todo momento eles se mostram muito solícitos em nos ajudar e dar dicas que vão desde um restaurante até a compra de uma casa.

Quando soubemos do nascimento da mais nova integrante da família, o instinto brasileiro de ir ao hospital levar flores ou fazer uma visita na casa deles foi imediato, até que esbarramos em uma diferença cultural. Como amigo estava finalizando a reforma da casa, e faltava apenas a pintura, quando a criança nasceu então a mãe e a bebê passarão alguns dias na casa dos pais dele, chineses tradicionais, até que a reforma termine. 

No sábado, o Valter perguntou para uma colega do trabalho (canadense de família chinesa) como funcionavam estas visitas tanto no Canadá como na cultura chinesa. Ela disse que existem muitos chineses tradicionais, como os pais dele, e que não era conveniente ir até a casa para fazer visitas.

Um balde de água fria caiu sobre nossas cabeças. Pensei em diversas possibilidades de demonstrar nosso carinho, mas não cheguei a lugar nenhum. Será que na cultura chinesa é ofensivo enviar flores? Bombons são educados ou desrespeitosos? Dúvidas que talvez conseguiremos descobrir ao longo dos anos (já escrevi sobre uma diferença cultural chines neste post). Desta vez, o Valter fará a contribuição na vaquinha da empresa e comprarei uma roupinha para a bebezinha, que será entregue provavelmente daqui um mês, quando a mãe for até a empresa apresentar a pequena para os colegas do papai.

Uma curiosidade
No Brasil, quando um(a) colega de trabalho está esperando um bebê, a vaquinha ou os presentes são entregues quando a mãe sai de licença maternidade, certo? Até mesmo por que tem o chá de bebê. Aqui, pelo menos nas duas empresas que o Valter trabalha, nada é feito até que o bebê saia (com vida) de dentro da barriga da mãe. Estranhamos que ninguém havia comentado nada e ficamos com receio de que nada fosse feito, ai  descobrimos que só se fala na vaquinha depois que o bebê nasce. 

Acho meio estranho, se pensarmos de forma racional é coerente, mas enfim, prefiro pensar de maneira mais emocional.

Bjos e abraços
Rafa

2 comentários:

  1. Oi Rafa, tudo bem?
    Essas diferenças culturais... é preciso prestar atenção em tudo para não cometermos gafes!!
    Obrigada por ter aparecido no meu outro blog! E sim, com certeza podemos fazer aquela matéria! Será um prazer tê-las como alunas, mas chegando aí vou ter que me especializar um pouquinho antes de começar!
    beijinhos e até breve (agora tá chegando de verdade!)

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  2. Rafa, estou pedindo ajuda à quem já está aí no meu blog. Se puder, passa lá. Bjos
    http://2butterflies2.blogspot.com/2011/04/help-me-please-o-que-levar-e-o-que-nao.html

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