sábado, 26 de fevereiro de 2011

You Should Have Stayed At Home

Foto roubada do Twitter da Pauline :)

A cúpula do G20 se reuniu em Toronto em junho do ano passado. A cidade estava mais cheia de policiais do que se possa imaginar. Gastaram muito dinheiro com segurança, colocaram cercas em tudo quanto é canto e a recomendação era de que a população evitasse sair de casa ou transitar por certas regiões. Na escola, um mês antes, recebi um mapa de onde não ir e diversos alertas.

No primeiro dia da conferência, saí do metrô com a intenção de subir a Yonge St a partir da College. Quando passei pela porta de vidro, vi uma multidão de pessoas fazendo protesto e, mesmo que eu quisesse, jamais conseguiria atravessar entre eles. Multidões e tumulto não me agradam nem um pouco, então tentei voltar pela mesma porta que eu havia saído há um minuto atrás, mas dois policiais estavam obstruindo a passagem. Trancaram as portas e ninguém entrava, ninguém saía. Pedi pelo amor de Deus que eles me deixassem passar, que eu precisava voltar para o metrô e que eu tinha acabado se sair por engano. Acho que um deles percebeu minha aflição, (como diz o Valter, deve ter feito cara de rato) então ele abriu uma fresta e disse: GO, GO, GO!

Entrei e fui em direção ao metrô, lá tinham muitos policiais revistando a bolsa das pessoas. Passei reto, peguei o trem e fui para a Yonge & Bloor, encontrar o Valter. Como cheguei muito cedo, sentei e fiquei olhando o movimento. Lá fizeram um mega esquema de segurança e fecharam as ruas de um dos principais cruzamentos de downtown. Vi os carros presidenciais passarem, mas não tinha noção do caos que estava por vir.

Durante o final de semana evitamos as regiões onde tinham manifestantes. Ao ligar a TV, cenas de selvageria. Atearam fogo em viaturas, quebraram lojas e restaurantes, mais de mil pessoas foram detidas. Violência policial. Simplesmente um comportamento que eu jamais pensei presenciar em qualquer lugar no Canadá.

Ao final do encontro do G20 a cidade estava devastada. Cacos de vidro pela rua, vitrines fechadas com madeira, móveis jogados na calçada...

Depois de oito meses, a CBC fez um documentário com o nome You Should Have Stayed At Home que foi transmitido ontem. Mostraram “personagens” que fizeram parte desta história, mas que nada tinham a ver com os encapuzados que destruíram a cidade. Personagens que protestavam pela paz e foram vítimas de violência e humilhação.

Achei o documentário bem interessante, gostei de ver e ouvir o outro lado da história, pois conhecia apenas um. Como cada história tem três lados – o meu, o seu e a verdade – se alguém participou ou tomou conhecimento do que aconteceu em Toronto durante o G20 Summit, sugiro gastar um tempo e assistir ao vídeo. Vale a pena! 

Clique para assistir: 

Bjos e abraços
Rafa

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Usei, aprovei e recomendo


Os cupons de desconto disponíveis na internet são simplesmente tentadores. Descontos de 60% a 90%. Comecei a achar que era bom demais para ser verdade, mesmo assim resolvi pagar para ver. Estava angustiada com o meu cabelo, que cresce muito rápido e já estava quase a cintura. Vi o cupom de um salão em Yaletown que incluía cortar, secar e hidratar o cabelo.

Antes de comprar o cupom passei em frente ao salão para ver se eu ia com a cara dele. O lugar era super fofo, decidi arriscar. Levei uma revista com o corte que eu queria, mas confesso que o grande receio era pagar com desconto e ter um serviço pela metade. Engano o meu! Serviço de primeira e pagando 30% do valor + tax + tip.

Comprei o cupom do Groupon e recomendo! Basta se cadastrar e vocês receberão as ofertas diárias por e-mail. Baixei o aplicativo para o celular, assim quando for usar o desconto, basta apresentar o código de barras no celular ao invés de imprimir, sem contar que o aplicativo te avisa quando o cupom expira, histórico de compras e etc. 

Deixarei o link aqui ao lado, abaixo do título "descontos". Sempre que eu provar e aprovar alguma coisa vou adicionar o link aqui na lateral.

Bjos e abraços
Rafa

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Que vergonha!

Aqui em Vancouver downtown tem muitos estudantes brasileiros, não é difícil identificá-los, andam em grupos e estão sempre em frente as escolas de inglês, lojas de eletrônicos, fazendo compras no shopping ou na fila das baladas. Eles treinam bastante o “português” e muitas vezes se esquecem que não são os únicos a dominarem o idioma.

No Skytrain três adolescentes conversavam, quando num determinado momento do bate papo, um deles bate a mão no bolso e diz: “Sabe que está pagando esta minha viagem? Sabe? Vocês!” Os outros dois deram risada e ele completou: “Isso que dá ser filho de político.” E caíram na gargalhada! A garota diz: “Além do mais eu ainda compro a sua maconha.”
 
Neste momento bateu certa indignação e ao mesmo tempo impotência. Desonestidade, corrupção e impunidade. Viva o Brasil das injustiças!

Mesmo que os ouvidos não quisessem mais ouvir aquela conversa, o tom de voz deles não permitia ignorar, foi quando o outro garoto pergunta para a menina: “E o seu iPhone 4, o que você vai fazer?” Ela responde: “A conta já passou dos 400 dólares, vou embora sem pagar.”

A vontade era de bater no ombro dela e agradecê-la por manchar o nome de nós, brasileiros que andamos na linha, pagamos nossas contas e impostos ao país que nos recebeu.

Nós pagamos a viagem do garoto e nós pagaremos a conta de celular da menina. É assim que nascem os estereótipos da malandragem brasileira mundo a fora, das mulheres prostitutas e do país onde tudo é permitido. O país que elegeu um palhaço, será que merece respeito?

Bjos e abraços
Rafa

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Fotografe

O Valter é uma pessoa extremamente detalhista e observadora, está sempre de olho nos mínimos detalhes. Sou do tipo que olho o todo, gosto da visão geral, o que é bom, pois enquanto ele esta olhando o encaixe da lâmpada eu noto se o teto é alto ou baixo. Ele observa o acabamento dos armários e eu verifico a quantidade e se são funcionais ou não. Enfim, uma coisa completa a outra.

Em contratos de aluguel, em especial, é feita a inspeção do imóvel e lá consta o que tem e o que não tem, como: condições da pintura das paredes e portas, carpete, funcionamento dos eletrodomésticos e por ai vai. Contrato assinado, quando você está morando passa a notar irregularidades que no contrato assinado não constavam e que na devolução do imóvel você terá que arcar com estas despesas. Criamos o hábito de registrar qualquer coisa que achamos “fora do comum” com fotos e desta forma documentar.

Aprendemos a eficiência das fotos como documento quando entregamos nosso apartamento de São Paulo. Depois do contrato assinado, chegamos em casa e o Valter lia cada parágrafo e eu ia até o cômodo registrar se estava de acordo com o contrato. Compilamos as fotos em um documento, fiz a descrição do que estava em desacordo e mandamos para a imobiliária, que nem respondeu. Quando encerramos o contrato, veio a inspeção e uma lista de coisas para pintar e consertar. Fizemos o mesmo processo do começo, depois pegamos aquele primeiro arquivo e enviamos para a imobiliária. Resultado: Não tivemos que fazer absolutamente nenhum reparo.

Nos dois apartamentos que moramos aqui em Toronto, em ambos fomos/somos os primeiros moradores. Existe uma vantagem de que tudo está dentro do prazo de garantia. Se a geladeira parar de funcionar, uma porta emperrar, piso soltar, chuveiro quebrar, TUDO está na garantia de pelo menos um ano, dada pelo condomínio, o morador e proprietário não tem nenhum custo pelo menos neste primeiro ano, o que para nós é uma vantagem, pois a mão de obra aqui não é barata.

Há algumas semanas notei um mofo dentro do guarda-roupa e como de costume fiz fotos, editei, fiz marcações, inseri texto e encaminhei para a imobiliária. Quando o responsável subiu aqui para ver o estrago, me agradeceu pelas fotos, disse que é uma excelente forma de reportar problemas.

Fica a dica! Registre tudo o que perceber que está fora do normal, isso vale para qualquer outro produto e assim vc garante seus direitos ;)

Bjos e abraços
Rafa

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Paixão Nacional

Comercial do Tim Hortons em homenagem ao hockey. A paixão do brasileiro pelo futebol é como a paixão do canadense pelo hockey. 




Bjos e abraços
Rafa

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Dine Out Vancouver 2011



Vários restaurantes da cidade estão com menu (entrada, prato principal e sobremesa) entre $18, $28 e $38. Depois de visitar os resturantes, vc ainda pode entrar no site do evento e votar nos melhores pratos. Alguns restaurantes aceitam reservas antecipadas.

O Dine Out começou dia 24 de janeiro e termina no próximo domingo, dia 6 de fevereiro. Ainda dá tempo de aproveitar os preços e as comidas deliciosas.

No site Dine Out Vancouver 2011 é possível procurar por restaurante, região, preço e tipo de cozinha. Super fácil e prático! Todos os cardápios estão disponíveis, assim vc já pode sair de casa sabendo o que vai pedir.

Nossas estréia foi no Observatory, na Grouse Mountain. Que é um restaurante elegante e com pratos mais requintados, ano passado ganhou o prêmio do Dine Out. Se vc fizer a reserva antecipada não precisa pagar a gôndola para subir, o menu de lá tinham duas opções de cada, por $38 por pessoa e a bebida a parte. Os pratos são pequenos, mas o suficiente (pelo menos para mim, rs).

No domingo fomos ao Doolin’s que é um pub irlandês, e a opção mais próxima de casa. Não fizemos reserva, mas nem foi preciso. Chegamos cedo e não tinha muita gente. O menu tinha três opções (entrada e principal)  e para sobremesa duas. Os pratos são enormes, mais do que suficiente e a sobremesa de brownie com chocolate branco e macadâmia é um arraso! Pagamos $18 por pessoa e voltamos para casa rolando.

Na nossa lista ainda tem alguns outros resturantes para conhecer, uma pena que descobrimos isso só no final de semana passado, então vamos aproveitar até o último dia ;) Se alguém tiver alguma indicação de restaurante, deixe nos comentários.

Bjos e abraços
Rafa