sexta-feira, 29 de abril de 2011

Livro

Aviso para quem está em Vancouver: começou ontem uma venda de livros na Vancouver Public Library. Os preços são entre $0.75 e $2.50. Vai até o dia 1 de maio.


Aproveitando o tema, nas últimas semanas o ritmo por aqui estava puxado e uma carga pesada de responsabilidades, unida a minha cobrança pessoal excessiva, não poderia ter um resultado diferente: o que deveria me fazer bem estava fazendo mal. Foi ai que resolvi que precisava encontrar uma distração para despressurizar, esvaziar a cabeça e parar de sonhar, ou melhor, ter pesadelos, com tarefas que tenho que concluir.

Conversei com a minha amiga Renata, especialista em “livros de menininhas”, para que ela me recomendasse uma leitura leve. Não, este não é o meu tipo de literatura preferida, mas achei que pudesse me distrair. E não é que deu certo?

Foi assim que li meu primeiro livro de menininha no iPad. Os intelectuais e conservadores de plantão que me desculpem, mas adorei a experiência, em ambos os sentidos. Gostei do livro, leitura fácil e as 600 páginas foram devoradas em menos de uma semana. Ler um ebook foi bem diferente, assim como o livro, posso carregá-lo para todos os lugares, com a diferença que não é apenas um livro, trocentos recursos estão disponíveis além do livro. O ponto negativo é que, assim como a tela de um computador, chega uma hora que os olhos cansam e é preciso parar.

Já usei o audiobook e achei muito bom (a biblioteca de Toronto libera o acesso pela internet, aqui em Vancouver também tem um acervo - tanto para audiobook qto para ebook). A vantagem é que consigo fazer outras coisas enquanto escuto, sem contar que treino o ouvido e a pronúncia de certas palavras.

Se alguém se interessar, o livro de menininha que eu li é Watermelon (Melancia), da Marian Keyes. Aproveitei o ritmo e coloquei outro na seqüência: Lucy Sullivan Is Getting Married (Casório), da mesma autora, mas preferi o anterior. Agora vou seguir o conselho do meu professor de cinema e vou começar a ler Among Others, do Jo Walton e depois mais um livro de menininha: Rachel’s Holiday (Férias).

Adoro dicas, quem se arrisca?

Bjos e abraços
Rafa

terça-feira, 19 de abril de 2011

Vancouver Sun Run 2011

Domingo aconteceu a Vancouver Sun Run 2011 que é uma corrida de 10 quilômetros pelas ruas de Vancouver. A prova reuniu 50 mil pessoas de todas as partes do Canadá. Para ter dimensão do tamanho, a São Silvestre reuniu 21 mil pessoas em 2010. Para uma cidade como Vancouver, 50 mil pessoas, é muita gente.


Olhando essa foto, não dá para acreditar que a organização foi impecável? Como controlar todo esse povo? Não sei o segredo, mas eles conseguiram.


Como em qualquer outra corrida, na inscrição cada um colocou seu tamanho de camiseta, faixa etária e tempo estimado de corrida. Com estas informações os pelotões foram separados por cor, de acordo com o tempo de cada um, o que facilita a corrida de todo mundo, já que vc correrá com pessoas do seu nível.

As 8h50 da manhã, quando saí de casa, a temperatura marcava 4 graus com sensação térmica de -1. Mesmo assim, muita gente de bermuda e camiseta. Durante o trajeto a temperatura subiu e com isso as pessoas deixavam suas blusas pelo caminho. É absurdo o número de blusas jogadas nas calçadas, fiquei impressionada. Não foram duas ou três, foram centenas... hehehe. Depois, as roupas são recolhidas e doadas. 




Quanto a faixa etária, tinham desde crianças até terceira idade. Sem contar os pais que corriam empurrando carrinho de bebê, cadeirantes e deficientes físicos. Certamente esta foi a corrida mais democrática que já participei. Num país tão multicultural, de repente, todos parecem iguais.

O trajeto é muito bem escolhido, passa por lugares lindos, por cima da ponte, por baixo da ponte, sobre, desce. São Pedro ajudou, o céu estava azul e ensolarado. O vento, claro que não deu trégua, mas não atrapalhou.


E adivinhem???? No terceiro quilômetro tinha um apartamento em chamas. Posso arriscar que tinham uns 10 caminhões de bombeiro e não juntou nenhum curioso, a galera seguiu correndo. Agora te pergunto, é perseguição? Rs.


Diferente das corridas de rua no Brasil, aqui o chip é seu, não precisa devolver. No final, não tem medalha de participação, o que para mim não faz a menor diferença pq não gosto de colecionar medalhas. Outra coisa interessante é que a água é entregue em copos de papel, excelente para o meio ambiente, mas correr e tomar água no copo sem tampa é quase impossível. Nos postos de entrega de água ficavam as crianças que faziam um mutirão. Um enchia, o outro organizava o copo na mesa e outro segurava na altura das nossas mãos.


Ah, tinham banheiros químicos por toda a parte. 

A cada quilômetro tinham bandas de música de todos os tipos. Do reggae ao rock. Os 10 quilômetros acabam passando rapidinho e quando vc se dá conta, já está terminou.


Na chegada, ao invés das tendas das equipes, onde cada um traz seu alimento, aqui tem tendas com frutas, sucos, bagel, leite e barra de proteína, a vontade, para os 50 mil. Pela quantidade de alimentos, dava para todos comerem e ainda fazer a feira da semana, rs. Adolescentes distribuíam a comida, outros seguravam placas e davam informações. Tinham os que ficam grudados nas lixeiras controlando onde as pessoas deveriam dispensar seus lixos.

O melhor? O dinheiro arrecadado é doado.

Foi uma experiência maravilhosa. Primeira vez que corri 10k e recomendo a todos. Se não quiser correr, caminhe. Não precisa se preocupar se vc tem companhia ou não, junto com vc terá uma multidão te encorajando a terminar a prova. Vale cada dor que estou sentindo no corpo. Descobri músculos que eu nem sabia que existiam :) 

Bjos e abraços
Rafa

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cinema



Eu e o Valter temos como hábito ir ao cinema toda semana, desde que nos conhecemos, costumamos priorizar esta rotina semanal. Alteramos compromissos, mas não abrimos mão de assistir um filme. 

Aqui em Vancouver vamos sempre ao Cineplex (Scotiabank Theatre Vancouver - Burrard St.) Este cinema segue a mesma linha do Cinemark, no Brasil (várias salas, som digital, etc). As terças têm desconto (custa $7,25 – já com tax) e com o Scene Card vc junta pontos que podem ser trocados por entradas ou combos de pipoca, além de dar 5% de desconto na compra de qualquer tipo de alimento. Como somos correntistas do Scotiabank ganhamos o cartão quando abrimos a conta, mas sei que não correntistas tbém podem usar este benefício (clique no link acima).

Neste cinema as sessões estão sempre cheias, mas é bem tranqüilo comprar os ingressos e pipoca, sem tumulto. Além da pipoca tem Burger King, Pizza Pizza, sorvete e café. São três andares, sendo o primeiro para compra de ingresso e os outros dois para as salas de cinema.

Tudo seria perfeito, senão por alguns motivos:

1 – Os assentos não são numerados
O que significa que sempre temos que chegar com 30 minutos de antecedência para pegar um bom lugar. Eis que quando as luzes se apagam sempre aparece um engraçadinho atrasado que diz: “Vc se importa de pular uma cadeira para o lado?” “Ah, tá. Não, senhor. Claro que me importo! Cheguei meia hora antes para pegar exatamente este lugar. Sinto muito, mas não vou mudar.” Juro, isso me irrita profundamente.

Não entendo como todo evento esportivo tem seus assentos marcados e o cinema não. Seria tão simples comprar o ingresso e ficar tranqüilo pq seu lugar está lá, independente do horário que você chegar.

Estou com os dedos cruzados, espero que alguém pense como eu e os cinemas passem a vender os ingressos para assentos marcados.

2 – Sujeira
Fico impressionada com a quantidade de lixo que as pessoas deixam na sala. O filme termina e as pessoas simplesmente levantam e saem, sem se importar com os sacos de pipoca, embalagem de lanches, copos de refrigerante. A equipe da limpeza fica em pé, na porta, com os sacos de lixo. Em vão, pois ninguém está nem ai para a sujeira. Acho mega porco e uma tremenda falta de educação. Mas enfim, fazemos nossa parte, o nosso lixo nós carregamos.

3 – Comida
Conforme comentei acima, além da pipoca, no cinema vende lanches e pizza. Aliás, nunca vi ninguém ser barrado por entrar com alimentos de fora e com isso, algumas muitas vezes a sala do cinema parece uma praça de alimentação. A mistura de cheios incomoda, hambúrguer de um lado, nachos do outro, pizza de peperone e a famosa pipoca. E viva a diversidade!! hehehe


No mais, existem histórias engraçadas e curiosas que só acontecem por aqui. Semana, estávamos sentados e as luzes apagadas. Passavam trailers, quando um mocinho tirou o laptop de dentro da mochila e ligou. O filme começou e aquela tela branca gigante acessa. Fiquei curiosa para saber que tanto ele queria com aquele computador em plena sessão de cinema. Será que ele ia jogar paciência, twittar ou ficar no facebook? Não sei, só sei que um funcionário do cinema foi até o fulano e pediu que ele desligasse para não atrapalhar as pessoas.

Outro caso inusitado aconteceu com a Márcia, minha amiga de Toronto, que foi ao cinema, feliz e contente, quando de repente uma chinesa abriu sua fedorenta marmita e começou a fazer sua refeição ali mesmo, sem se importar com quem estava por perto. O cheiro dominou a sala e o prazer de assistir ao filme acabou quando a tampa da marmita foi aberta.

Esta semana, entrei na sala sozinha enquanto o Valter foi ao toalete. Sentei na poltrona e quando olhei para o lado direito vi cerca de meia dúzia de pares de pés no encosto da cabeça da cadeira da frente, um par deles, ao lado da minha cabeça. Onde foi parar a educação das pessoas? Elas pensam que estão na casa delas? Conforme as pessoas chegavam os folgados retiravam os pés, como se fosse a coisa mais natural do planeta. 

Independente de tudo o que foi citado, não deixaremos de ir ao cinema toda a semana. Diferente do que muitos pensam, infelizmente o primeiro mundo não é perfeito, mas ainda assim, vale a pena estar aqui :)

E vc? Já passou por alguma situação esquisita no cinema? Adoro esquisitices.

Bjos e abraços
Rafa

terça-feira, 12 de abril de 2011

Dilema cultural

No final da semana passada, um colega de trabalho do Valter foi pai pela segunda vez. Ele e a esposa são chineses, mas moram e Vancouver há muitos anos, por isso posso dizer que ele é um chinês bem ocidentalizado. Este colega, além de ser o par do Valter, é um amigo. As duas famílias já saíram para jantar juntos e a todo momento eles se mostram muito solícitos em nos ajudar e dar dicas que vão desde um restaurante até a compra de uma casa.

Quando soubemos do nascimento da mais nova integrante da família, o instinto brasileiro de ir ao hospital levar flores ou fazer uma visita na casa deles foi imediato, até que esbarramos em uma diferença cultural. Como amigo estava finalizando a reforma da casa, e faltava apenas a pintura, quando a criança nasceu então a mãe e a bebê passarão alguns dias na casa dos pais dele, chineses tradicionais, até que a reforma termine. 

No sábado, o Valter perguntou para uma colega do trabalho (canadense de família chinesa) como funcionavam estas visitas tanto no Canadá como na cultura chinesa. Ela disse que existem muitos chineses tradicionais, como os pais dele, e que não era conveniente ir até a casa para fazer visitas.

Um balde de água fria caiu sobre nossas cabeças. Pensei em diversas possibilidades de demonstrar nosso carinho, mas não cheguei a lugar nenhum. Será que na cultura chinesa é ofensivo enviar flores? Bombons são educados ou desrespeitosos? Dúvidas que talvez conseguiremos descobrir ao longo dos anos (já escrevi sobre uma diferença cultural chines neste post). Desta vez, o Valter fará a contribuição na vaquinha da empresa e comprarei uma roupinha para a bebezinha, que será entregue provavelmente daqui um mês, quando a mãe for até a empresa apresentar a pequena para os colegas do papai.

Uma curiosidade
No Brasil, quando um(a) colega de trabalho está esperando um bebê, a vaquinha ou os presentes são entregues quando a mãe sai de licença maternidade, certo? Até mesmo por que tem o chá de bebê. Aqui, pelo menos nas duas empresas que o Valter trabalha, nada é feito até que o bebê saia (com vida) de dentro da barriga da mãe. Estranhamos que ninguém havia comentado nada e ficamos com receio de que nada fosse feito, ai  descobrimos que só se fala na vaquinha depois que o bebê nasce. 

Acho meio estranho, se pensarmos de forma racional é coerente, mas enfim, prefiro pensar de maneira mais emocional.

Bjos e abraços
Rafa

terça-feira, 5 de abril de 2011

Queen Elizabeth Park

Aproveitamos um dia de sol e fomos ao Queen Elizabeth Park. O parque é bem bonito e tem uma ótima estrutura. É bem fácil de chegar, fica próximo a estação King Edward. Se não quiser caminhar da estação até lá, dá para pegar um ônibus e descer bem em frente ao parque. O parque tem campo de golfe, quadra de basquete, tênis e hóquei, área para piquenique e banheiros. Vale uma visita! 







Depois de passear pelo parque decidimos andar pelo bairro. As casas da região são um espetáculo. Paramos para olhar três sobrados lindos e recém construídos. Aproveitei para anotar o nome da construtora para matar a curiosidade sobre o valor dos imóveis. Quando olhei na internet quase caí de costas, imóvel em Vancouver é muito caro, beira o surreal se comparado a Toronto. Os sobrados charmosos custam a bagatela de 2 milhões. Que tal?

Como olhar não custa nada... continuamos olhando! ;) 

Bjos e abraços
Rafa

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Thank you!!


Oi, pessoal! 


Gostaria de agradecer TODAS as mensagens carinhosas que vcs deixaram aqui no blog. Fiquei mega feliz com todas as palavras e apoio! Que o segundo ano venha com força total, cheio de conquistas e aprendizado como o primeiro.

Muito obrigada! :) 

Bjos e abraços
Rafa