Ouvi histórias absurdas sobre estes pronto atendimentos e confesso que cada vez ficava mais assustada e torcia para nunca precisar de um. Minha amiga russa levou o filho que estava com virose, ficou 3h na sala de espera para ser atendida. Saiu de lá sem o atestado, por puro esquecimento, teve que voltar. Mais tres horinhas de fila.
Fã incondicional de cotonetes, o Valter já foi parar no hospital 5 vezes para fazer lavagem. Eis que ontem ele reclamou de dores no ouvido. Passamos na farmácia para comprar um kit que vem um líquido para pingar no ouvido e uma bombinha para fazer a lavagem. Virei doutora! O coitado não conseguia dormir, de tanto que sentia dores. Dei um remédio para aliviar a dor, mas não adiantou, achei melhor que ele tomasse um calmante, assim, pelo menos, conseguiria dormir. Ele acordou com uma dor de ouvido absurda, dava desespero de ver. Ligou no trabalho e avisou que não tinha condições de ir e assim fizemos nossa estréia na Walk-in Clinic.
Diferente do que minha amiga disse, fizemos a ficha, ele foi atendido, examinado e dispensado em 1h. Não temos nenhuma reclamação qto ao atendimento. Não sei se demos sorte, espero que não. Resultado de tantos cotonetes: Duas inflamações internas e externas, 4 dias de medicamento no ouvido e 5 dias de antibióticos.
Da clínica para a farmácia. Como temos seguro saúde pela empresa do Valter, temos um super desconto nos medicamentos e pagamos apenas 15% do valor total. Nada mal! O remédio aqui é vendido em doses exatas e em nome do paciente, acompanhado de uma bula com todas as instruções necessárias. Achei isso muito legal.
Depois de ser medicado ele continuava sentindo muitas dores, mal conseguia respirar. Liguei para o nosso amigo médico, que me deu umas dicas e agora ele está melhor.
Lembro qdo eu e minhas irmãs éramos pequenas, se ficássemos doentes minha avó ligava e perguntava que "coisa gostosa" estávamos com vontade de comer. Ela fazia isso para nos deixar mais animadas e funcionava. Eu sempre dizia que queria bife de contra-filé (esquisitinha desde pequena... rs). A escolha era livre, de qualquer coisa. Ela mandava comprar e pedia para entregar lá em casa. Usando esta técnica fui ao supermercado para comprar alguma "coisa gostosa" para o meu paciente, mas não encontrei nada de interessante, então, para animá-lo fiz o mesmo que minha avó fazia. Esse doentinho que não é bobo escolheu sushi.
Enrolei a orelha dele com algodão, enchi a banheira e deixei ele lá enquanto fazia o pedido pelo telefone. Ele terminou o banho e lá estavam os sushis esperando por ele.
Agora ele está aqui, com menos dor, mas ainda derrubado. Amanhã ficará em casa, mais um dia off para se recuperar.
Cotonete nesta casa, NUNCA MAIS!
Bjos e abraços
Rafa