Quando alugamos nosso apartamento no Brasil, nosso corretor de imóveis se chamava Dionísio. Era um senhor bem desesperado, daqueles que querem resolver tudo na hora. Entramos no apartamento e ele já queria saber se íamos fechar o contrato ou não. Calma!!! Ainda nem olhamos os cômodos. A visita ao apartamento não durou 5 minutos, ele sentou em uma cadeira e com um pré-contrato ficava empurrando a caneta para assinarmos e ameaçava dizendo que tinham outras pessoas muito interessadas naquela unidade.
Sob pressão acabamos optando por aquele apartamento, pelo receio de não encontrar outro. Se assinar o contrato fosse o fim da pressão, estaria muito bom, mas não foi. O Dionísio ligava mil vezes por dia no celular do Valter por causa de um documento que nossos fiadores precisavam apresentar, porém, como corretor ele bem sabia o prazo exigido pelo cartório para fornecer este documento, mesmo assim, não se importava em ligar para atormentar. Usamos o método que funciona bem no Brasil que é mostrar um pouco de poder dizendo que conhece fulano ou beltrano e foi assim que o Dionísio acalmou. Tanto foi a força do nome mágico que usamos que no momento da assinatura do contrato o DONO da imobiliária foi conversar com o Valter, cumprimentá-lo para falar do nosso colega, muito conhecido do segmento imobiliário. Absurdo, mas funcional para o padrão brasileiro. Como dizem por ai: não preciso ser importante, basta ter amigos que são.
Quando fomos alugar nosso apartamento aqui, o Brian, nos apresentou duas unidades em uma delas, por sinal o nosso apê atual, tem carpete no quarto e o Valter, como estava calçado não entrou no cômodo e por isso me perguntou: O que achou do quarto? Estou de tênis e não quero entrar. O Brian disse: Vai lá, não tem problema é sua casa mesmo.
Saímos de lá com o pré-contrato em mãos, com a orientação do Brian de para levarmos para casa para lermos e decidirmos. Fomos para casa, preenchemos tudo e assinamos. No dia seguinte entregamos a documentação e dissemos que o valor do aluguel só poderia ser acertado no dia seguinte, quando o banco abrisse. No mesmo dia, domingo, o proprietário do imóvel assinou o contrato, na segunda levamos os cheques e na terça o apartamento estava disponível. Lembrando que somos recém chegados, sem histórico financeiro no país.
Sabe quantas vezes o Brian nos ligou? Duas. Uma para dizer que nossa ficha havia sido aceita e a outra para acertar um detalhe burocrático.
Simples assim!
Bjos e abraços
Rafa
Rafaela, se começar a fazer muuuuita propaganda do Canadá eu vou ser a nova filha do casal e me instalar no cômodo que lhes resta rsrsrs.
ResponderExcluirBeijosssss
Eu sou corretor meu nome é Dionísio tambem mas não sou assim não viu rsss, um abraço e boa sorte ai no canada. Tudo de bom rss
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