quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mudança – Parte 3

A empresa de mudança prometeu a entrega entre 8 e 17 dias corridos, de todas as empresas que fiz orçamento, esta era a única que entregava antes do Natal e com o menor prazo. Quatro dias depois, entrei em contato com a empresa para perguntar quantos quilos tinha dado e onde o caminhão estava. Fiquei surpresa quando o cara me disse que o peso era menor do que o estimado, o que significa que a conta ficaria mais barata e que o caminhão estava em Edmonton. Sério, pedi que ele repetisse, achei que tivesse entendido errado! 

O cara disse que em mais dois ou três dias o caminhão chegaria em Vancouver e que aqui poderia demorar um pouco pq teriam que descarregar a mudança de outros clientes e ele não sabia dizer em que “lugar” da fila nós estávamos.

Na quinta-feira escrevi um e-mail para ele pedindo para atualizar nosso telefone de Vancouver e para checar onde o caminhão estava, eis que ele respondeu avisando que nossa mudança chegaria em casa no sábado a tarde.

Fiquei super contente com a notícia e com a rapidez, nem se viéssemos dirigindo o caminhãozinho da U-Haul conseguiríamos tal proeza.

Eles chegaram com uma hora de atraso, mas tudo bem. Aquele mega caminhão parou aqui na porta e deixou um monte de gente de queixo caído... hahahaha! Ele é muito monstruoso, só quem viu entende, certo Ana Luiza? Quando ele estacionou, uma vizinha perguntou para o Valter se este caminhão era a nossa mudança, quando ele respondeu que sim, ela fez cara de espanto e disse: “Fiz a minha mudança há 1 hora atrás, mas meu caminhão era beeeem menor.” Imagino que os vizinhos ficaram se perguntando que apartamento comportaria tanta mobília assim... hahahaha.

Enquanto o Valter checava os itens que saia do caminhão, eu vistoriava no apartamento tudo o que tinha chegado. Desta vez veio o motorista e um outro cara, ambos muito cuidadosos. Eles iam tirando os tecidos dos móveis e eu verificava se estava tudo ok. Sim, tudo veio impecável, assim como saiu de dentro do nosso apartamento em Toronto.

O mais engraçado é que chegou tudo muito gelado, como se estivessem saído do freezer. Tudo suava, as cadeiras de acrílico ficaram embaçadas por uma meia hora. Fiquei até com receio de colocar as louças dentro da lava louças e trincar alguma coisa, mas nada quebrou.

Para não dizer que tudo veio impecável, quando optei por empacotar alguns itens escolhi caixas plásticas com tampa, aquelas vendidas no Ikea. Primeiro por que acho um desperdício comprar caixas de papelão e depois jogá-las fora, pelo menos, estas caixas tem uma vida útil longa e pode ser usada para outros fins. Coloquei etiquetas de frágil nos artigos que exigiam maior cuidado e em outros não sinalizei. Duas tampas vieram rachadas, só isso. O motorista comentou que estas caixas são ótimas para transportar, mas que em baixas temperaturas ela pode rachar.

Agora que testei e aprovei, indico a empresa de mudanças Tender Touch. Quando iniciei as pesquisas, procurei reviews e vi que não tinha nenhum comentário ruim a respeito dela, mas muitos diziam que no final, acabaram pagando mais do que o estimado, mas que mesmo assim compensava.

Uma coisa importante é que os itens que não forem embalados por eles, eles não se responsabilizam por qualquer dano, por isso deixamos o espelho, TV, mesa de vidro, sofá e colchão para que eles embalassem com a caixa deles. Pensei que fossem caixas de verdade, própria para cada coisa. Que nada, é uma caixa desmontada que o cara enrola com uns tecidos e fita adesiva. Só a da TV custou a bagatela de 90 dólares. Um absurdo! Da mesa, mais 50 e do espelho, outros 50. Como diz a minha mãe, o molho saindo mais caro que o peixe. Enfim, faz parte! Para vários outros eletroportáteis e eletrônicos tínhamos as caixas originais, então nos livramos de pagar mais estes extras. De hoje em diante, caixa nenhuma vai para o lixo! Para pagar o valor que realmente vale a pena, sugiro consultar a U-Haul que eles tem caixas de TV, por exemplo, para a marca e o modelo da sua TV pelos mesmos 90 dólares, porém, depois de usar vc pode guardar.

No final, valeu a pena! Foi o menor orçamento, melhor prazo de entrega e sem surpresas na fatura. Agora é só brincar de quebra cabeças para fazer caber tudo o que trouxemos e fazer algumas adaptações.

Bjos e abraços
Rafa

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ônibus de graça?

No dia do jogo, ficamos esperando o ônibus por uns 20 minutos, ele estava atrasado, quando chegou, estava cheio. Entrou eu, o Valter e um casal de amigos, o motorista fechou a porta alegando que o ônibus estava muito cheio. Peguei minhas moedinhas para pagar e o motorista disse que não precisava, que o ônibus estava cheio e não era justo que eu pagasse para ir em pé e apertada. A concepção de cheio deles é completamente diferente dos ônibus de São Paulo, que fique claro. Fomos em pé, mas sem ninguém grudado em mim. Na volta para casa, a mesma coisa. Com isso economizei 5 dólares!

Além disso, fiquei impressionada com a gentileza de dois funcionários do Skytrain, que é o nome do nosso metrô, ele é uma espécie de “aerotrem” ou seria o “Fura Fila”? Não tem catraca, ou seja, vai da sua honestidade comprar ou não o bilhete, porém em algumas estações tem fiscais e às vezes dentro dos vagões também e ai o prejuízo da malandragem fica alto.

O primeiro estava na entrada do Skyline a espera que eu apresentasse meu bilhete, como eu estava comendo uma barrinha de cereal, demorei um pouco para tirar a carteira da bolsa e ele começou a brincar comigo me pedindo um pedaço da barra. Achei curioso pq os funcionários do TTC de Toronto não são nada brincalhões. Depois precisei fazer uma baldeação, só que eu não tinha entendido que para mudar de plataforma. Vi um cara uniformizado e fui em direção a ele para pedir informações, ele sorriu e fez de conta que estava fugindo de mim. Depois que perguntei como chegar na plataforma, só faltou ele me pegar pela mão e me levar até lá.

Como dizia o profeta: “Gentileza gera gentileza”.

Bjos e abraços
Rafa

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

De volta!

Depois de alguns dias, nossa internet foi instalada! Neste meio tempo, um MONTE de coisas aconteceram e aos poucos escrevo e atualizo o blog. 


Percebi que recebemos a visita de novas pessoas aqui no blog e agora o pessoal de Vancouver tbém passa por aqui. Gostaria de agradecer a todos vcs pelos comentários, pelos contatos e pela receptividade! 


Estamos em lua de mel com Vancouver e espero que essa sensação não mude nunca. 


Bjos

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Hóquei

A convite da chefe do Valter fomos assistir um jogo de hóquei. Fiquei super feliz qdo ele me avisou, afinal é o esporte favorito dos canadenses e só assisti os jogos das Olimpíadas de Inverno, fora isso, nunca tinha visto um jogo. Lembro que na época, os comentaristas brasileiros diziam que os times fizeram um acordo de cavalheiros para que não acontecessem brigas durante as Olimpíadas, e assim foi.



Claro que eu já tinha ouvido falar das brigas e já vi um monte de jogadores desdentados, mas não sabia como isso funcionava “na prática”.

O jogo era do Giants contra Blazers. Não faço idéia do que seja, mas sei que tínhamos que torcer pelo Giants. Até onde eu entendi, eles são o que chamamos no futebol de juniores. Meninos que literalmente dão o sangue esperando que um olheiro os encontre e tenham a oportunidade de jogar como profissionais.


O jogo é dividido em três tempos e quando empata, tem prorrogação, se não mudar o marcador, tem uma espécie de pênalti, só o atacante e o goleiro. Quem marcar, ganha! É emocionante, várias jogadas inteligentes e muito rápidas, sem contar na eficiência dos goleiros. Fiquei impressionada com a quantidade de crianças que tinham no estádio e eles vibram o tempo inteiro. Atrás de mim, um garoto de uns 5 ou 6 anos narrava o jogo, era tanta emoção que fiquei surpresa. Ele falava: “Come on, come on...”, “Look that”, “Did you see? Did you see?” e quando eles se batiam contra o vidro as crianças iam a loucura, chegavam bem pertinho e as vezes eu ouvia: “Fight, fight, fight.”


Quando vi e ouvi as batidas comentei com o Valter que se a minha irmã, a Vanessa, estivesse lá, estaria chorando e pedindo para parar o jogo... Rs, é muito a cara dela fazer isso.

A chefe do Valter sentou ao nosso lado, o filho dela, de sete anos, ia jogar no intervalo e ela estava toda ansiosa. Para mim, aquilo era um jogo familiar, com tanta criança reunida, ainda mais quando o Valter comentou com ela como era engraçado ver a criançada vibrando com os jogadores se “atropelando e batendo ” no vidro, e ela respondeu: “Pois é, as mães que não gostam muito.”

Estava ainda no primeiro tempo, eu filmava uma jogada quando de repente dois jogadores se estranharam, jogaram os tacos, tiraram as luvas e capacetes. Todos vibravam, os dois começaram a cair na porrada. Silêncio no ginásio! Não sei o que deu em mim, comecei a apontar e falava para o Valter: “Eles estão brigando, eles estão se batendo, tem que parar...” e ele respondeu: “Isso é hóquei, é assim mesmo.” Enquanto os olhinhos das crianças brilhavam de satisfação o meu encharcava e escorria em lágrimas. Surtei. Comecei a chorar de soluçar, tampei a boca pq fazia barulho. Eles trocavam socos e os dois juízes apenas olhavam, com as mãos para trás, nada faziam. Aqueles segundos duraram uma eternidade para mim. Eu não consigo aceitar que um esporte permita isso. Ir assistir luta livre ou vale tudo é uma coisa, mas o jogo de hóquei é tão emocionante, pq a briga? Acho que fiquei com a frase da chefe na cabeça, “As mães que não gostam muito” e certamente eu não gostaria de ver a cena do meu filho batendo ou apanhando em uma quadra até sangrar, estes jogadores tem mais ou menos seus 16 / 18 anos.

Engoli o choro, as crianças me olhavam como seu eu fosse um extraterrestre. E criança não disfarça, elas te encaram. Minha vontade era ir embora, não achei nenhuma graça a tal pancadaria. Passei o resto do tempo colada na cadeira completamente tensa e rezando para não sair mais briga. O Valter, coitado, como ele disse: “Vergonha alheia da mim mesmo!!” Hahahaha, a chefe dele deve ter me achado louca e eu que achei que minha irmã que teria esta reação...

Depois que o filho da chefe jogou, o avô olhou para o garoto de sete anos, sem o dente de leite da frente e disse: “Sem esse dente, agora sim vc é um jogador de hóquei.”

No dia seguinte, qdo o Valter chegou no trabalho, os colegas estavam curiosos para saber como tinha sido e o bonitão contou para todo mundo que a esposa dele chorou quando saiu a briga. Risos por todos os lados e ainda disseram que esta é a parte mais legal do jogo.

Enfim, na mesma semana, na sexta-feira ganhamos mais convites, desta vez mais perto ainda. No primeiro jogo ficamos na oitava fileira, atrás do gol e neste, ficamos na sexta fileira. Sensacional, era possível ver todos os lances de pertinho.

Qdo chegamos, uma colega de trabalho do Valter me olhou e ao invés de falar “Oi, tudo bem?” ela disse: “Hoje vc não vai chorar, certo?” Que vergonha, claro que respondi que não choraria!

O jogo desta vez era do Giants contra Spokane Chiefs, um time americano. O jogo estava bem mais disputado do que o de quarta-feira e por isso, mais emocionante. Logo no primeiro tempo o Giants marcou e derepente vi a cena mais legal do planeta. Centenas de ursinhos começaram a voar em direção a quadra. Tinham quase 15 mil pessoas no ginásio e tenho plena certeza que deveriam ter cerca de 15 mil ursinhos sendo arremessados. Fiquei congelada ao ver a cena! Lindo demais. Depois soubemos que as pelúcias serão doadas a instituições de caridade no Natal.







O jogo parou por pelo menos uns 10 minutos para que todos aqueles ursos pudessem ser retirados da quadra e o jogo começar novamente. É claro, rolou uma briga. Cobri o rosto, já que não ia chorar na frente de todos os colegas de trabalho do Valter. O olho encheu de lágrima, mas não chorei!! Eeeee... O jogo se manteve equilibrado, mas este time era bom. Eles atacavam mais, porém o Giants finalizava melhor. Eis que saiu mais uma briga, nem liguei! Acho que superei o trauma da primeira, depois deste intensivão de hóquei.

O jogo foi para prorrogação e depois para o “mano a mano” entre goleiro e atacante. O time americano levou a melhor, mas desta vez a diversão foi garantida.

De qualquer forma, devo confessar que é difícil aceitar que se chame de esporte um jogo que permite que a pessoa perca a razão e parta para a porrada. Se tudo se resolvesse com socos e pontapés...

Bjos e abraços
Rafa

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Santa Claus Parade

No domingo, dia seguinte da nossa chegada, acordamos e fomos tomar café. Depois de rodar pela rua encontramos um lugar super gostoso. Pedi um chocolate quente e de repente chegou este monstro! Nem fiquei com vergonha, até por que eu consegui me esconder atrás da xícara, sem nenhum problema. Quando eu vi a montanha de chantilly pensei: "Vc terá que caminhar muito para queimar tudo isso, garota!"
  

Notei que as ruas principais estavam fechadas e lembrei que tinha a parada do Papai Noel de novo, fiz o Valter ficar em pé comigo até o Papai Noel passar. E não é que o bom velhinho é apressado mesmo? 





Em Toronto ele passou feito um jato e aqui não foi diferente. Tinham bem menos pessoas aqui do que em Toronto, com isso conseguimos sair correndo atrás do Papai Noel. É isso mesmo, saímos correndo entre as pessoas para conseguir pelo menos fazer uma foto.


Depois disso descobrimos um rinque de patinação bem pertinho de casa. O Valter ficou alucinado! O olhinho do garoto brilhava de felicidade... Por três dólares vc aluga o patins e se diverte o quanto aguentar.



Bjos e abraços
Rafa

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Chegamos

Sábado a noite chegamos em Vancouver, não estava frio como Toronto. O aeroporto aqui é super simples, não se parece em nada com o de Toronto, tanto em tamanho quanto em beleza. Pegamos o trem e viemos para casa. Nós dois, 6 malas e duas mochilas.




Detalhe, no aerporto as placas de indicação são escritas em inglês, francês e chinês. Será que tem Chinês nesta cidade?


A distância do metrô para casa é bem pequena, nenhum taxista aceitaria enfiar todas aquelas malas no carro para andar um quarteirão e meio. Enquanto a galera estava indo para a balada, os dois pareciam burros de carga. Fomos rindo, um do outro até chegar no apartamento.




Como já disse antes, o Valter alugou o apartamento e só vi por fotos. Quando entrei, fiquei de olho na reação dele. Coitado, estava apreensivo, queria ter certeza de que tinha feito uma boa escolha e que eu ia gostar. Fiz suspense. Olhei, questionei, abri, fechei... mas ADOREI!! O apartamento é super bem localizado. Das duas uma ou Vancouver é um ovo, o estamos perto de tudo.




Enchemos nosso colchão de ar e deitamos, o Valter disse: “Amanhã, tenho uma surpresa pra vc.” Quando acordei, ele pediu que eu fechasse os olhos. Ele abriu a cortina e disse: “Pode olhar.” Lá estavam elas, as lindas montanhas que vejo da janela do nosso quarto e da sacada.




Eu poderia passar um dia inteiro só admirando essa beleza. Com esta paisagem, eu não estou nem ai com o apartamento... Enquanto escrevia este post ouvia Ana Carolina e Seu Jorge e um trecho da música deles se encaixa muito bem ao que sinto neste momento... “Eu não sei parar de olhar, Não vou parar de te olhar, Eu não me canso de olhar, Não sei parar... De te olhar!”

Bjos e abraços
Rafa

Despedidas

Depois da mudança começamos a nos despedir dos amigos. Teve uma noite mexicana regada a muito vinho (sim, tequila é proibida por aqui – longa história, que não me traz boas lembranças, rs) e Guitar Hero.

Fiquei até com dor nos dedos e braços de tanto tocar guitarra, isso pq estávamos no mais fácil de todos. A brincadeira foi bacana e valeu mega a pena!! Agora queremos montar a nossa banda também.

No dia seguinte almoçamos com outros amigos no Jack Astors, um restaurante que fica perto da Dundas Square, eu diria que é “o ponto” de referência de Toronto, pelo menos para mim. Gosto de lá, por isso escolhemos o restaurante.

Eu estava tão aérea que não me dei conta de tirar fotos. Na verdade, demorou para cair a ficha e me dar conta de que estamos mudando e que teremos novos desafios e que está começando tudo novamente.

Para ser sincera, não tive a sensação de despedida e sim, de um até logo. No aeroporto, enquanto esperávamos o nosso vôo, passou um filme na minha cabeça, assim como aconteceu quando deixamos o Brasil. Sensação do coração querendo pular pela boca, o frio na barriga... fiquei meio angustiada, achando que as horas dentro do vôo não fossem passar nunca, mas conseguimos assistir dois filmes e pronto, estávamos em Vancouver.

Ganhamos um cartão de uma amiga, a Andresa, e ela começou o cartão com um Salmo que eu gostaria de compartilhar com vcs:

“O Senhor te guardará de todo o mal; guardará a tua alma. O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre.” Salmos 121:7 e 8.

Bjos e abraços
Rafa

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mudança - Parte 2

O Valter chegou de Vancouver na quarta-feira, tarde da noite. Na quinta-feira era o último dia antes da mudança. Tinham trocentas caixas abertas na sala, esperando que decidíssemos o que mais incluir para poder fechá-las. Terminamos tudo, fechamos as caixas e fomos dormir. As 8h50 escutamos o barulho do caminho estacionando em frente ao prédio. Nada mais nada menos que 78ft de comprimento por 36ft de altura. Um MONSTRO!


Quando os caras chegaram no apartamento, eram três, disseram: “Que maravilha, vocês facilitaram muito o nosso trabalho.” Pois é, deixamos tudo separados, pronto para ser carregado para o caminhão. E eles perguntaram: "Nada de líquido, certo?" Respondemos que não e eles explicaram que os líquidos congelam durante o percurso, principalmente quando passam por Manitoba e Alberta, por esta razão eles recomendam que não tenha nenhum tipo de líquido.

Até ai, estava tudo perfeito. O motorista do caminhão era o responsável pelo inventário, ele anotava tudo e etiquetava. O outro levava as caixas para o caminhão e o terceiro protegia os móveis com uma manta.

O cara que ficou comigo no apartamento (o da manta) só contava histórias bizarras. Socorro, como tem gente que gosta de tragédia. A primeira foi o caso de uma mulher muito rica que solicitou a mudança e qdo viu o caminhão, desistiu. Disse que as coisas dela eram muito caras para ir lá dentro, num caminhão que gotejava e não tinha proteção. E ele completou: “Acho bom vcs descerem lá para ver onde vai a mobília de vcs.” O Valter foi lá conferir, óbvio.

Não satisfeito ele começou a falar que uma vez eles estavam fazendo uma mudança e entre os móveis tinha uma TV de 3 mil dólares. Eles a deixaram na calçada para que um dos funcionários a colocasse no caminhão, eis que passou um fulano, pegou a TV e saiu correndo. Qdo ele percebeu que estava sendo seguido jogou a TV e por sorte eles conseguiram pegar sem que estragasse. Enfim, ele já estava estragando a minha manhã com este papo, resolvi ir ao supermercado e largar ele lá. Quando voltei ele mandou mais uma. Certa vez o caminhão passou por uma ponte em Toronto, só que ela era muito baixa. Destruiu o caminhão, a ponte e todos os móveis. Tiveram que acionar o seguro e pagar para todos os clientes.

Depois de tanto falatório, quando ele estava quase terminando perguntou sobre o espelho e eu disse que eu tinha feito o pedido de caixa para o espelho, caixa para a TV, capas para os colchões e um plástico especial para o sofá. Eis que ele diz: “Ok, as caixas estão lá embaixo, mas vcs terão que embrulhar, pq isso não faz parte do meu trabalho.” Oi?? Sim, e completou: “A empresa vai cobrar de vcs uns 200 dólares por isso, posso fazer tudo por $40, mas vcs não falam a nada para o motorista. Pode ser?” O Valter quase pulou no pescoço dele. Tá maluco? No nosso orçamento incluía tudo, como ele quer um extra?

O cara desceu para levar alguns móveis e subiu com o outro cara. Esse fazia o estilo rapper cheio de tatuagens, falava em gírias e era qualquer coisa, menos simpático. Ele começou a embrulhar a TV e o malandrão a enrolar o sofá. Eu e o Valter nos entreolhamos e perguntamos para o cara: “Vc vai nos cobrar por isso?” O malandro desconversou e o rapper disse: “Não, isso é nosso trabalho” o malandrão retrucou alguma coisa e rapper rebateu gritando que isso era o trabalho deles e que não nos cobrariam extras. Ainda bem que a mudança estava no fim.

Eles terminaram tudo na hora do almoço, foi um alívio ver o apartamento vazio e ao mesmo tempo, bateu certo frio na barriga.

Agora vamos esperar para ver se cumprirão o prazo de entrega, peso final e as tais taxas extras, que sempre aparecem no final.

Bjos e abraços
Rafa

sábado, 4 de dezembro de 2010

Vancouver here we go!


Hoje a noite partimos para Vancouver, que há anos está no topo da lista das melhores cidades para se viver. Lá vamos nós, desvendar os mistérios do desconhecido e desbravar cada cantinho da cidade. Tudo novo...
De Toronto levamos boas lembranças, muitos ensinamentos, aprendizados e amigos. Amigos que nos acompanharam, dividiram, multiplicaram, somaram e reduziram... alguns talvez fiquem apenas na lembrança, outros carregamos no peito e tenho a certeza que nos encontraremos novamente.

Gostaria de agradecer a Deus, pelas pessoas e pelos momentos especiais que vivemos e compartilhamos por aqui.

Aos que chamamos de “turma”, caminhamos juntos e torcemos por cada vitória. Espero que cada um de vcs trilhem seus caminhos e que sejam felizes. Que cada conquista venha carregada de alegria e muito sucesso.

Um agradecimento especial a nossa querida amiga Pauline, que desde o Brasil nos deu muita força e suporte. A Pauline é assim, qdo vc pensa, ela já vem com a solução pronta. Eu digo que ela é uma “monstra”, no bom sentido, pq tudo o que vc imaginar ela tem. Desde o mais fútil ao mais útil. Amiga que sempre agrega e compartilha, não sonega, torce e sofre junto. Sentiremos muito a sua falta! Mto mesmo, mas sei que será por pouco tempo.

Me sinto abençoada, mesmo que prestes a mudar, conheci um anjo que esteve junto comigo nos momentos em que mais precisei. Sabe aquela pessoa que não pergunta se vc precisa de ajuda, ela simplesmente ajuda? Sabe aquela pessoa que te faz rir e que é muito alto astral? Essa querida é a Márcia. Tenho certeza que esta amizade apenas começou. Você e o Cris são muito especiais e terão muito sucesso pela frente. No passeio das baleias aqui vamos nós.

Nesta pequena jornada em Toronto, vivemos sentimentos intensos e malucos, mudamos de idéia várias vezes, não me refiro em voltar ao Brasil, calma, isso não passou por nossa cabeça. Mas no sentido de ir ou não, comprar agora ou esperar, verde ou azul... voltamos atrás em algumas escolhas, tropeçamos, escorregamos, levantamos e enxergamos sorte, muita sorte pelo caminho.

Neste momento, qdo olho para trás e penso que apenas 8 meses se passaram, me assusto. Tenho a impressão de que vivi uma vida inteira neste lugar. Toronto é uma cidade que a gente descobre um pouquinho a cada dia. Basta mudar o caminho, trocar de calçada, pegar street car ao invés do metrô. É o mundo inteiro em um só lugar.

Desejo, a todos nós, sorte!

Aos que estão chegando a Toronto, coragem e perseverança. Olhem o copo sempre meio cheio. Viva, não sobreviva. Divida, não sonegue. Ajude, não se omite.

Vancouver here we go!

Bjos e abraços
Rafa e Valter

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Paciência




O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...

Bjos e abraços 
Rafa

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mascote

O blog ganhou um mascote!! O Cris e a Márcia nos presentearam com um Raccoon.


Adoro dar nome as coisas que eu ganho, mas ainda não tive inspiração para batizar o novo integrante da família, farei isso em breve.

Bjos e abraços
Rafa

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mudança


Este é um assunto complicado e cansativo. O Valter entrou em contato com uma empresa que faz todo o trabalho de empacotar, despachar, entregar e desempacotar. Ótimo, problema resolvido. Porém, este era o nosso único orçamento, como saber se o preço estava bom ou ruim?

Decidi fazer umas cotações. Entrei em um site, que não me recordo o nome, mas vc coloca os dados e trocentas empresas te encaminham orçamentos. Vi orçamentos de todos os valores, desde o mais barato ao mais caro.

E agora, como escolher? Eu não fazia a menor idéia, primeiro pq não sei qto pesa a minha mudança e este é o pontapé inicial. Fiz vários contatos e um deles se propôs a vir aqui em casa para ver o que temos para fazer um orçamento mais preciso.

Com a idéia de peso, fiz novos orçamentos e novas pesquisas de reputação dos fornecedores na internet. Um ponto que estava me deixando de cabelo em pé é o prazo de entrega. De acordo com as empresas, até o natal, nada de cama, sofá, mesa... como assim? Vou passar o natal no colchão inflável?

Encontrei uma empresa com bom custo benefício e super recomendada. Eles prometem entrega em no máximo 17 dias, o que significa que até o dia 20 nossos móveis serão entregues.

Ufa! Isso me deixou super feliz, até que conversei com a mulher no telefone e ela me disse que para mudanças de longa distância não é permitido nenhum tipo de alimentos e líquidos. Como assim? E tudo o que a minha mãe mandou do Brasil? Expliquei a situação para a mulher, que eram alimentos vindos do Brasil e ela disse que se nãofor peresível devo plastificar tudo. Ok, e os líquidos? E os meus shampoos, perfumes, cremes, maquiagens, esmaltes, bebidas... isso tudo bem, não é? NÃO, ela respondeu. Nenhum tipo de líquido.

Minha vontade era de chorar, eu olhava para todos os meus cremes, shampoos, perfumes e esmaltes e queria morrer. Decidi. Não, não vou me desfazer de nenhum deles. Nada, nadinha! Podem me chamar de materialista, mas são meus. Cada um eu trouxe de um canto, escolhi a dedo, não vou largá-los para trás. Vou levar tudo na minha mala, não sei como, mas vou levar. Eu deixo as roupas, passo 20 dias usando as mesmas, mas não vou deixar meus mimos para trás.

Esse papo de mudança, pra ser sincera, acho que está apenas começando. Já chorei uns bons litros de nervoso com tanta mudança de regra no meio do caminho. Meu amado marido, cada vez que me ligava dizia: "Beba bastante água, Linda, vc vai se desidratar!!!" Engraçadinho. Mulher de TPM deveria ser proibida de fazer mudança.

Quando a novela acabar passo todas as recomendações para os que um dia precisarem deste serviço.

Bjos e abraços
Rafa

sábado, 27 de novembro de 2010

Neve?

Ela veio, fez uma camadinha branca, o sol apareceu e ela sumiu!




Bjos e abraços
Rafa

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ApartamentoS

Oi, pessoal.

Tenho duas boas notícias. A primeira é que conseguimos um inquilino para o nosso apartamento. Só para vcs entrenderem o quão boa a notícia é, quando aceitamos a proposta de mudar para Vancouver, o Valter entrou em contato com o agente que nos alugou o apartamento e ele nos orientou a verificar os direitos e deveres do inquilino, pq ainda tínhamos 5 meses de contrato. Eis que o Valter foi checar as informações e segundo a lei, como forma de multa perderíamos estes meses de aluguel. Isso acontece pq quando chegamos, não tínhamos histórico de crédito no país, então eles exigiram o pagamento de alguns meses com antecedência.

O Valter decidiu entrar em contato com o dono do apartamento que moramos para informá-lo que deixaríamos o apê e tentar negociar a multa. O cara disse que se conseguíssemos colocar alguém no nosso lugar, pagaríamos apenas a comissão do agente. E assim será!!! Não é ótimo?

A segunda boa notícia é que aplicamos para um apartamento em Vancouver e fomos aceitos. Vamos morar em downtown, em um prédio recém construído e, mais uma vez, seremos os primeiros moradores do apartamento.

Nas últimas semanas eu fiquei sentada nesta cadeira por horas e horas, sem ver a luz do sol. Refeições? Pra quê? Eu apenas procurava apatamentos. Quando eu via alguma coisa interessante, entrava em contato e agendava uma visita. No horário do almoço ou depois do trabalho o Valter ia até os lugares. A noite ele me mostrava as fotos e vídeos, mas lembrem-se o nosso fuso é de 4h. O que me obriagava aficar acordada até de madrugada.

Não foi tão fácil qto eu imaginava. A arquitetura dos condos em Vancouver é diferente de Toronto. Achei tudo muito cheio de paredes, prefiro espaços mais abertos.

Enfim, ficamos entre duas unidades, uma era um apartamento lindo, novo e grande, mas com carpete em todos os cantos. Como tenho rinite descartamos esta possibilidade, com aperto no coração. Vi um anúncio e mandei o e-mail para o corretor, sem ao menos marcar de conhecer o apartamento. Já tínhamos visto tanta coisa que deixamos isso para o final.  Preenchemos a aplicação, mandamos os documentos, referências, tudo... o agente me liga e diz que fomos aprovados e que era só assinar o contrato. Foi ai que eu disse para ele que antes disso prescisávamos visitar o apartamento. O cara responde: "Vcs não conhecem o apartamento? Como assim? Acho que temos um problema..." rs! Não, não tinha problema nenhum, primeiro pq o Valter já conhecia o prédio e já tinha visitado uma unidade igual, só que em um andar inferior. Só precisávamos ter certeza. E tivemos!

Agora temos uma nova casa, um novo endereço...

Bjos e abraços
Rafa

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Papai Noel

Quem disse que o Bom Velhinho não existe? No final de semana teve a "Santa Claus Parade". Li no site Oi Toronto que era para levar cadeira, alimentos, ir agasalhado... achei esquisito, tipo, pq tanta preparação para ver o Papai Noel? 

A parada podia ser acompanhada pela televisão, com transmissão ao vivo. Então, ficamos atentos ao horário que ele estaria próximo a Dundas Square e saímos de casa. Tinha um monte de gente na rua. Muitas crianças, muuuuuitas crianças e muitos carrinhos de bebê.

Tinha gente em cima de cadeiras, banquinhos, caixas e até um fulano em cima de uma escada. Para o ano que vem, estamos pensando em ganhar dinheiro montando um camarote, estilo puleiro com duas escadas e uma prateleira do Ikea... rs. 

Enfim, o Papai Noel passou, feito um jato... muito rápido!! As crianças acenavam e diziam: "Hi Santa! Hi Santa!" Ver o Papai Noel não teve tanta graça, mas ouvir as crianças emocionadas cumprimentando o Papai Noel, foi sensacional. Perdi a oportunidade, ao invés de fotos eu deveria ter feito um vídeo :(






Quando o Papai Noel passou entendi a razão das dicas do site. As famílias vão para as ruas cedo, com todo kit de sobrevivência, com cadeiras, cobertor, alimentos e tudo o que vc imaginar, apenas para ficar em um lugar privilegiado e conseguir dar "oi" ao Papai Noel. 




Tive a impressão, que para as crianças, este é o acontecimento do ano, tanto que, ao final, depois que as pessoas dispersaram saímos a procura de um café para esquentar um pouco o corpo. Não dava para andar no shopping, as ruas estavam lotadas e um trânsito infernal. 

Depois de muito andar e dar risada, encontramos um café onde era possível sentar. Lá  ficamos, conversamos, comemos, nos aquecemos e fomos embora. 




Não, não era um simples chocolate quente. Era um maravilhoso chocolate quente belga! Por favor, dê zoom na foto!! Esta merece... com todo respeito! rsrsrs. 


Bjos e abraços
Rafa

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Inverno

Para a alegria de uns e tristeza de outros, o inverno já está está "colocando suas asinhas de fora". Este final de semana foi gelado e com vento forte.
De manhã o Valter me mandou fotos de Vancouver. Como assim? Três centímetros de neve na cidade que me disseram ter o inverno mais ameno do que Toronto? Fui enganada!! rs 




Agora olhem isso. Vancouver com sensação térmica de -12C. Enquanto isso em Toronto a temperatura é de 14 graus positivos.


Enquanto em Toronto, caiu aquela neve sem vergonha, no dia que a Vanessa chegou, nada mais. 


Fui com a Pauline na pista de patinação do Habour Front, que foi aberta ontem. Incrível a animação da criançada, a impressão que dá é que elas esperam ansiosamente pelo inverno, para praticar os esportes. Aliás, este e um dos lugares que o Valter mais gosta. O homem peixe gosta de água em qualquer estado físico... rs



Durante as outras estações do ano, este espaço é um pequeno lago e no inverno, eles congelam a água e vira uma pista de patinação gratuita. Basta trazer seu patins e vc pode ficar dando voltas até cansar. Para quem não tem os tais patins, eles podem ser alugados no local, mas se vc pensa gastar alguns finais de semana com esta brincadeira, acho que vale a pena investir na compra de um novo. Lojas como a Canadian Tire e Wal-Mart oferecem bons preços, mas não esqueça, vc tem o que vc paga. Para patins de qualidade, acho melhor procurar lojas especializadas. Não entendo nada sobre o assunto, então nem vou da pitaco. Ah, outra coisa legal é que se vc, assim como eu, não tem habilidade alguma e parece o Robocop da patinação, eles tbém oferecem aulas :)

Bjos e abraços

Rafa

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pesquisa

Se vc é brasilero e MORA no Canadá, ajude a responder a pesquisa. Basta clicar no link abaixo.

PROJETO DE PROGRAMA DE TV BRASILEIRO


Bjos e abraços
Rafa

Jamie Oliver

Depois da Nigella ficamos sabendo que o Jamie Oliver estaria na Indigo na semana seguinte. E lá fomos nós, para conhecer o mocinho. Para a nossa surpresa, a Indigo estava lotada, não só de pessoas. mas cheia de seguranças que nem nos deixavam chegar perto para fotografar.

Escolhi um livro para a Cacau e um para mim, qdo fui pagar o atendente do caixa disse que ele só estava autografando o livro novo, de receitas americanas. Como assim? Ah, receita americana, tô fora! Não quero aprender a fazer hambúrguer e batata frita (exageraaaaada). E o cara ainda completou: Ah, tem limite de autógrafos, acho que já encerraram a fila. Como assim???? A Márcia ainda disse: Não confio neste cara, vou conferir. Era isso mesmo. É foi assim! Ou melhor, não foi. 

Achamos o Jamie Oliver muito estrelinha, sabe? Depois da simpatia e simplicidade da Nigella fiquei frustrada com ele. Então descemos no lugar que ele estava para, pelo menos, fazer fotos e conferir se realmente ele tinha as unhas sujas (constatação feita pelo Cris, marido da Márcia, rs). 

Lá fomos nós tirar fotos. Quem disse que os seguranças davam trégua? Eu me enfiava numa brecha e o segurança me mandava sair. Eu ia para o outro lado, outro segurança me tirava... uma chatice! Qdo nos demos conta, notamos que a Polícia de Toronto tbém estava na Indigo. Como assim? Ele é Pop Star e ninguém nos contou? 

Fomos embora sem livros, sem autógrafo, sem saber se ele tem a unha suja e com a certeza de que ele é muito estrelinha!

Seguem as fotos, que com muito custo, conseguimos tirar. 



Bjos e abraços
Rafa

domingo, 21 de novembro de 2010

Nigella

Em meio a toda correria dos últimos dias, os momentos que consigo escapar um pouco de casa, tem sido muito bem aproveitados. Tem sido tudo tão legal, que não me sinto em despedida, pelo contrário, tenho aproveitado todos os momentos sem aperto no coração, simplesmente aproveito.

Semana passada, minha amiga Márcia ligou toda empolgada: "Rafa, adivinha quem estará na Indigo para uma tarde de autógrafos?" Bom, eu não fazia a mínima idéia. Eis que ela diz: "A NIGELLA!!!!"

É claro que todos os compromissos do mundo poderiam ficar para mais tarde, mas conhecer a Nigella NÃO. Corri com tudo o que eu consegui, adiei o que era possível e mesmo assim, cheguei na livraria com 1h de atraso. A Márcia estava em pé, na fila, por todo esse tempo. Cheguei bem na vez dela, e ainda consegui fazer uma foto com o celular. 

Corremos para uma pilha de livros e praticamente peguei o primeiro que eu vi. Dei uma folheada e fui para o caixa pagar. Toda desesperada, com medo que não desse tempo. Lá estava eu, na fila, com o livro na mão. O atraso teve sua vantagem, afinal tinham apenas umas 3 pessoas na minha frente. Em 5 minutinhos eu estava lá, de frente com a Nigella. 

Primeiro ela elogiou meu nome. Toda orgulhosa, sorri e falei: Nigella, vc precisa ir ao Brasil. Lá, todos te amam!! rs. Ela respondeu: Todos me dizem isso, mas tenho que ir no inverno, o Brasil é muito quente para mim. Detalhe que a Márcia tinha dito a mesma coisa... rs






Ela é linda, simpática, chique, elegante, branca feito neve, com uma pele de pêssego... uma Inglesa! Alta, muito alta... (na verdade, só a vi sentada, mas parecia ser bem alta). 




Saímos de lá com o sorriso de orelha a orelha! Vê-la de pertinho e ter a oportunidade de falar com ela foi demais. Ah, eu nem precisava de autógrafo (mentira! rs) só o pequeno bate papo já valeu muito. 




Foi assim o dia que conheci a Nigella... (suspiros!)

Bjos e abraços
Rafa